Consideramos que a integração das
TIC no processo de ensino-aprendizagem é uma necessidade nos dias que correm.
Deparamo-nos com uma nova geração onde as TIC estão cada vez mais presentes, a sua integração na escola constitui uma mais-valia, para os intervenientes no
processo de ensino-aprendizagem, e permite oportunidades de incrementar a
autonomia e promover o decréscimo da infoexclusão.
As TIC (Tecnologias da Informação
e Comunicação) são a junção da tecnologia computacional ou informativa e a tecnologia
das telecomunicações, incluindo a internet (Miranda, 2007). Estas assumem, na
escola, um papel constituinte no contexto de ensino-aprendizagem no sentido em
que apoiam a aprendizagem de conteúdos, o desenvolvimento de competências
específicas, a criação de lugares de interação e partilha e ainda permite a sua
utilização como uma ferramenta de apoio ao professor (Ponte, 2002).Sabemos que
os alunos de hoje não são os mesmos de antigamente (Prensky, 2001), e estes
representam as primeiras gerações que cresceram rodeados de novas tecnologias (Fidalgo,
2009), e por isso são chamados de Nativos Digitais (Prensky, 2001). Perante
este facto, apresentam-se novos desafios para os professores destes alunos,
pois são alunos do séc. XXI e frequentam escolasconstruídas e pensadas nos
mesmos princípios de gestão e organização da Sociedade Industrial (Figueiredo,
2000), que de acordo com Batista & Valente (2011, p.385) o “problema que enfrentamos é que o modelo
corrente de ensino parece não ser motivador para muitas crianças que, em grande
parte, ou abandonam a escola ou permanecem alunos problemáticos”.
Perante o problema citado, Patrícia
Fidalgo (2009, p.1) defende que “o uso de
plataformas online (e.g. Moodle), os quadros interativos, os projetores de
vídeo, a televisão, a Internet entre tantos outros recursos, permitiram um
envolvimento bastante positivo de todos os intervenientes num processo de
ensino e aprendizagem”. De facto, as TIC proporcionam um envolvimento por
parte dos discentes na sua aprendizagem construtiva, assim o aluno também é
visto como produtorno processo (Fidalgo,2009).
Pretende-se que as TIC se
envolvam num tipo de processo que se deseja inclusivo e, que consequentemente fomenta
a autonomia (Ricoy & Couto, 2009), se combate a infoexclusão, que possa ainda
existir (Fidalgo, 2009). A escolaao assumir a inclusão digital, facilita o
acesso a jovens que, de outra forma, dificilmente teriam esta
possibilidade, e assim, pode promover a literacia digital. (Silva &
Pereira, 2011).
Num processo onde as TIC têm um
papel fundamental, o professor tem a função de mediador, gerindo a utilização
que delas fazem (Fidalgo, 2009). O professor continuará a ser indispensável,
pois é essencial que “a mediação parta do
professor no sentido de gerir as interações”(Ricoy & Couto, 2009,[1]).
O objetivo é que as TIC sejam implementadas de uma forma dinâmica e criativa no processo de ensino-aprendizagem (Sobral &Pinto, 2013).Essa utilização das TIC deve ser um recurso complementar, integradas para apoiar e complementar as práticas letivas (Ricoy & Couto, 2009),uma vez que nunca pode substituir competências como a capacidade de interpretar e refletir sobre a informação mais pertinente (Paz, 2008).
O objetivo é que as TIC sejam implementadas de uma forma dinâmica e criativa no processo de ensino-aprendizagem (Sobral &Pinto, 2013).Essa utilização das TIC deve ser um recurso complementar, integradas para apoiar e complementar as práticas letivas (Ricoy & Couto, 2009),uma vez que nunca pode substituir competências como a capacidade de interpretar e refletir sobre a informação mais pertinente (Paz, 2008).
Referências Bibliográficas
Baptista, P. A., &
Valente A. C. (2011). “O Meu castelo é melhor do que o teu”, uma experiência
pedagógica com o cinema de animação. In Congresso Nacional "Literacia,
Media e Cidadania". Braga, Universidade do Minho: Centro de Estudos de
Comunicação e Sociedade.
Fidalgo,
P. (2009). O ensino e as Tecnologias da Informação e Comunicação.
Figueiredo, A. d. (2000). Novo Conhecimento/Nova Aprendizagem.
Miranda, G. L. (2007). Limites e possibilidades das TIC na Educação. Revista
de Ciências da Educação, 3.Obtido de http://ticsproeja.pbworks.com/f/limites+e+possibilidades.pdf
Paz, J. (2008). Educação e
Novas Tecnologias.
Pinto, T. M., & Sobral, S. R.
(2013). A utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino
Secundário. Retractar o contexto Tecnologias de Informação e Comunicação
no Ensino Secundário-Um estudo sobre a utilização, formação e equipamentos
existentes numa escola do Ensino Secundário . Obtido em http://repositorio.uportu.pt/bitstream/11328/652/1/A%20utiliza%C3%A7%C3%A3o%20das%20Tecnologias%20de%20Informa%C3%A7%C3%A3o%20e%20Comunica%C3%A7%C3%A3o%20no%20processo%20de%20ensino-aprendizagem%20no%20Ensino%20Secund%C3%A1rio.pdf
Ponte, J. P. (2002). As TIC no início da escolaridade: Perspetivas para
a formação inicial de professores. A formação para a integração das TIC na
educação pré-escolar e no 1º ciclo do ensino básico (Cadernos de Formação de
Professores), 4, pp. 19-26. Obtido de http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/4202/1/02-Ponte%20%28TIC-INAFOP%29.pdf
Prensky, M. (2001). Nativos Digitais, Imigrantes Digitais. Obtido de
http://poetadasmoreninhas.pbworks.com/w/file/fetch/60222961/Prensky%20-%20Imigrantes%20e%20nativos%20digitais.pdf
Ricoy,M. C., Couto, M. J.
(2009). As tecnologias da informação e comunicação como recursos no Ensino
Secundário: um estudo de caso. In Rev. Lusófona de Educação, nº14, Lisboa.
Obtido em http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S1645-72502009000200010&script=sci_arttext&tlng=es
Silva, B. D., , Graça, M.
(2011). O PAPEL DA ESCOLA NO COMBATE À DIVISÃO DIGITAL. XI Congresso Luso
Afro Brasileiro de Ciências Sociais. Unidade Federal da Bahia. Obtido em http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/14365/1/O%20papel%20da%20escola%20no%20combate%20%C3%A0%20Divis%C3%A3o%20digital.pdf
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