Actualmente as Novas Tecnologias
de Informação e Comunicação (TIC) são as mais utilizadas em todo o mundo e sem
a qual, a maioria dos seres humanos já não consegue viver. Se por um lado, a
sua utilização trouxe uma grande variedade de vantagens, também é certo que por
outro os riscos associados a estas são cada vez mais eminentes e numerosos.
Os riscos associados á
utilização das TIC são mais propícios em qualquer equipamento que se encontre
ligado á internet, pois esta “é um sistema de redes em rápida expansão,
que liga milhões de pessoas em novos espaços, que estão a alterar a forma como
pensamos, a natureza da nossa sexualidade, a organização das nossas comunidades
e até mesmo a nossa identidade” (Turkle, 1995). Desta forma, utilizarmos a internet para jogar, fazer compras ou marcar
viagens online, é uma maneira simples
de até os mais cuidadosos partilharem informação pessoal com o mundo, tendo
como consequência a insegurança (Vasconcelos, 2016).
Para além disso, existem
os chamados hackers que é uma “pessoa que
possui uma grande facilidade de análise, assimilação, compreensão e capacidades
surpreendentes com um computador. (…) Sabe perfeitamente (como todos nós
sabemos) que nenhum sistema é completamente livre de falhas, e sabe onde
procurá-las utilizando as técnicas mais variadas” (Oliveira, 2000, p.11) e
que devido à sua facilidade em se movimentar no mundo da internet consegue entrar nos nossos computadores, telemóveis,
televisões e controlar ou aceder a tudo o que estamos a fazer, podendo assim
qualquer pessoa se encontrar em insegurança sem sequer saber ou ter consciência
disso (Vasconcelos, 2016).
O mesmo acontece com o conceito de Big Brother (Belanciano, 2014), pois nos
dias de hoje tudo se sabe através de redes sociais como o Facebook, Instagram,
Snapchat, Twitter e motores de busca como o Google, onde é o próprio utilizador
que tem “práticas pouco cuidadas” (Vasconcelos,
2016) quando expõem o local onde mora ou estuda/trabalha, e ainda mais
preocupante quando partilha imagens/fotos de conteúdo não apropriado ou passa o
tempo a dizer onde e o que está a fazer. São essas práticas descuidadas e sem
pensar nas consequências “que fazem com
que seja cada um de nós o nosso maior inimigo” (Vasconcelos, 2016) e que
podem vir a prejudicar-nos no futuro, quer a nível pessoal ou profissional.
Apesar de todos os aspetos
que apontei sobre os riscos da internet e mais alguns, acho que as TIC não
deixam de ser uma mais-valia, pois no nosso dia-a-dia existem também situações
que põem em causa a nossa segurança e não é por isso que deixamos de fazer a
nossa vida com normalidade. Contudo, é necessário saber utilizar a internet de forma adequada e ponderada,
e assim é possível termos acesso a quase tudo sem termos de sair das nossas
casas e do nosso conforto, porém as suas vantagens e desvantagens dependem,
sobretudo, da forma como cada um as utiliza.
Para finalizar e enquanto
futura profissional da área da educação, penso que é o nosso dever alertar as
crianças para os perigos da internet,
pois para além de terem maior curiosidade em explorar, tornam-se um alvo muito
mais fácil de atingir. Como tal, um bom apoio para pais e educadores/professores
é o SeguraNet, que como o professor João Torres explicou, tem o objetivo de
informar e sensibilizar sobre os perigos da internet
através de uma variadíssima quantidade de recursos, entre eles as famosas
bandas desenhadas e os jogos interativos.
Em suma, não posso deixar
de concordar com uma frase de Mia Couto que consegue resumir de forma explícita
as vantagens e desvantagens da internet,
dizendo que “Nunca o nosso mundo teve ao
seu dispor tanta comunicação. E nunca foi tão dramática a nossa solidão. Nunca
houve tanta estrada. E nunca nos visitamos tão pouco” (Vasconcelos, 2016).
Marli Rosa, 3º ano LEB - A
Referências
Bibliográficas
Belanciano, V. (2014), Não são apenas as celebridades que estão a nu na
internet, Online, disponível em https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/nao-sao-apenas-as-celebridades-que-estao-a-nu-na-internet-1668563
Oliveira, W. (2000), Técnicas para hacker: soluções para segurança,
Online, disponível em http://www.centroatl.pt/titulos/tecnologias/imagens/hackers-pag6a11e91a97.pdf
SeguraNet. (s.d.), disponível em http://www.seguranet.pt/
Turkle, S. (1995). A Vida no ecrã. Lisboa: Relógio
D'Água Editores.
Vasconcelos, P. (2016), O surfista e a onda: fraude na internet, Online,
disponível em http://visao.sapo.pt/opiniao/silnciodafraude/2016-11-03-O-surfista-e-a-onda-fraude-na-internet
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